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Bancos digitais, minimercados com autoatendimento e portarias com leitores faciais: o poder de transformação dos processos graças à tecnologia

Já é uma realidade dizer que o desbloqueio de celulares por meio do toque é uma tecnologia ultrapassada. Os últimos lançamentos, contam com uma inovação já estabelecida no Brasil: a leitura facial. Porém, nem só nos smartphones esse método se popularizou. De acordo com uma informação disponibilizada pelo diretor de Operações do GRUPO GR, a procura por sistemas de reconhecimento facial por parte de prédios e condomínios aumentou 600% somente no ano de 2021. 

O reconhecimento que permite o desbloqueio de celulares ou a abertura de portas não é o único método que descartou seu formato tradicional. Dentre os processos manuais transformados com a tecnologia, estão os bancos digitais, que permitem a abertura de contas, desbloqueio de cartões e visualização de extrato através de aparelhos digitais, sem a necessidade de enfrentar filas ou conversar com atendentes. Além disso, falando sobre o descarte de pessoas físicas para a solução de problemas, estão os minimercados autônomos que vieram para desburocratizar o sistema de compras, permitindo que a aquisição de produtos seja feita inteiramente pelo próprio comprador. 

Para analisar o presente e cogitar o futuro, é preciso entender as causas que levaram à situação dos métodos atuais. Gustavo Sartott é co-fundador e gerente de inovações da Honest Market Brasil, franqueadora de minimercados autônomos que já conta com 100 instalações ao redor do país. Para ele, a transformação dos processos está diretamente ligada à velocidade do cotidiano: “A automatização decorrente da tecnologia traz, principalmente, facilidade para o dia a dia. Sendo assim, impacta de forma positiva na vida das pessoas, que é cada vez mais atribulada. Quem, no momento que vivemos, preferiria ir até um supermercado, enfrentar filas, sabendo que existe a possibilidade de ir a um minimercado autônomo instalado no próprio condomínio? Preservar o tempo, conceito mais precioso da sociedade atual, foi o que influenciou o desenvolvimento da automatização”. 

Sobre os minimercados em particular, Gustavo conta que a alternativa de acessibilidade através da entrega de produtos, muitas vezes não possui rapidez suficiente. “Os minimercados de condomínio são o formato mais próximo entre consumidor e produto. São mais rápidos inclusive, comparado a pedidos online, sem depender de prazos de entrega. Ainda, sendo eles totalmente autônomos, basta o cliente simplesmente escolher a mercadoria e pagar. Isso torna a experiência muito mais simples, tornando o modelo tecnológico super facilitado comparado a outros métodos”. 

Vale ressaltar que ainda não é possível generalizar a transformação dos processos. Por esse motivo, o especialista ressalta a importância de empresas e organizações com métodos tradicionais começarem a procura por caminhos alternativos: “A facilidade do acesso às novas tecnologias está cada vez mais democratizada. Dito isso, empresas que não se modernizarem, não avançarem nesta mesma direção, se tornarão obsoletas e perderão o interesse de seu público”. Ele também revela uma dica valiosa para que empresas comecem a se adequar ao mundo das inovações: “O grande segredo é estar atento à experiência do seu cliente. Ele se tornando sua maior prioridade, faz com que encontrar soluções que atendam a essas necessidades seja muito mais fácil”. 

Em relação ao futuro e considerando os caminhos que estão se estabilizando, Gustavo finaliza a reflexão dizendo que em um prazo menor do que imaginamos, uma quantidade mínima de processos e serviços permanecerão de forma analógica: “Em um futuro não tão distante, creio que a maioria das ocupações se tornarão autônomas ou automatizadas. Destaco que as pessoas precisam mudar suas mentalidades desde já, pois ao passo que as tecnologias chegam e extinguem alguns processos, milhares de novas oportunidades irão surgir. Acredito que estamos rumo a um futuro totalmente tecnológico, que inclusive já começou”.